A PRIM quer dar alguns conselhos para se preparar e viver uma gravidez saudável. Todos eles podem ser resumidos em dois grandes princípios: manter bons hábitos de vida e realizar um controlo médico desde os primeiros momentos ou, de preferência, desde os meses que antecedem o início da gestação.
Para as mulheres saudáveis, é suficiente abandonar hábitos prejudiciais, como o tabaco e o álcool, e ir ao médico de família, que recomendará uma análise completa para avaliar o estado de saúde da futura mãe.
Através da análise, também se saberá se a mulher já teve toxoplasmose, uma zoonose normalmente leve, mas que pode ser perigosa para o feto se contraída durante a gravidez. Se não a tiver tido, o risco de contrair a infeção pode ser eliminado ao deixar de manipular e ingerir carne crua ou mal passada, como enchidos, evitando tarefas de jardinagem e horta, e tomando cuidados especiais se conviver com um gato, já que tanto a carne crua como a terra ‘fresca’ e as fezes felinas podem conter o pequeno parasita que transmite a infeção.
A importância da dieta
Mesmo que a análise seja perfeita, o especialista prescreverá ácido fólico à futura mãe, com o objetivo de prevenir defeitos do tubo neural, como a espinha bífida. Para garantir uma proteção ideal, recomenda-se iniciar a suplementação três meses antes da conceção. Além disso, como a anemia é frequente em mulheres em idade fértil e a gravidez aumenta muito a sua incidência, também se pode suplementar o ferro, embora, neste ponto, não haja unanimidade e só deva ser feito sob prescrição médica.
Para além destes detalhes, ao planear uma gravidez, é importante fomentar bons hábitos de vida, dedicando pelo menos uma hora diária à atividade física moderada, evitando o stress tanto quanto possível e mantendo uma dieta equilibrada e rica em nutrientes, dos quais o futuro bebé também beneficiará através do alimento recebido pelo cordão umbilical.
Além disso, convém eliminar alimentos ultraprocessados e hidratos de carbono refinados, que dificultam a digestão e alteram a microbiota intestinal, e reforçar o consumo de frutas, vegetais e leguminosas. Estas duas medidas não só melhoram a saúde da mãe e do bebé, mas também ajudam a suavizar alguns dos efeitos secundários típicos da gravidez: digestões pesadas, prisão de ventre, aumento excessivo de peso e o aparecimento de diabetes gestacional.
Distúrbios ginecológicos e doenças crónicas
Em princípio, uma mulher saudável que tenha realizado revisões ginecológicas regulares e que não utilize um dispositivo intrauterino (DIU) como método contracetivo não necessita de ir ao ginecologista para planear a gravidez. Até que a conceção seja confirmada, a supervisão do médico de família é suficiente. Assim que a gravidez for confirmada, será ele a encaminhá-la para o ginecologista para iniciar o controlo da gestação o quanto antes.
Gestatest ajuda-a a saber se está grávida
O teste de gravidez da PRIM, Gestatest, tem uma eficácia de 99% e pode ser utilizado com confiança a partir do primeiro dia de atraso menstrual. A prova pode ser realizada a qualquer momento do dia, mas a fiabilidade é maior com a primeira urina da manhã, especialmente em mulheres que bebem muita água durante o dia e nos primeiros dias de atraso. A explicação é simples: o Gestatest deteta a hormona gonadotrofina coriónica humana, hCG, que entra em atividade com o início do desenvolvimento embrionário e cuja secreção aumenta à medida que a gestação avança. Como durante a noite não se ingerem tantos líquidos, a primeira urina da manhã contém uma maior quantidade de hCG.
No entanto, quando a mulher tem alguma doença, seja crónica ou aguda, o planeamento e a supervisão da gravidez tornam-se um pouco mais complexos, aconselhando a opinião qualificada tanto do ginecologista como do especialista que a acompanha habitualmente.
Em alguns casos, a gravidez pode alterar a sintomatologia das doenças crónicas, ou pode ser necessário seguir algumas orientações alimentares específicas. No entanto, o principal motivo de consulta nestes casos é a medicação, dado que um bom número de medicamentos é desaconselhado durante a gestação. De modo geral, as mulheres em tratamento farmacológico devem informar-se antecipadamente sobre como proceder em caso de gravidez.
Dito isto, a opinião do médico de família é tão importante quanto a do ginecologista. Este último tende a tomar maiores precauções para proteger a saúde tanto do futuro bebé como da mãe, mas nem sempre está a par das possíveis interações medicamentosas, especialmente em doenças pouco frequentes ou quando são prescritos medicamentos muito recentes e específicos. Nestes casos, o médico de família sabe como aconselhar a sua paciente, pois nem todos os tratamentos estão contraindicados. Se ocorrer algum processo agudo durante a gravidez, por exemplo, de tipo infecioso, o conselho farmacêutico é sempre uma garantia de saúde.